segunda-feira, 21 de fevereiro de 2011

Obras bem feitas

                                           Ate que a mão me doa
                                                           Só culpa de um ?


           Ouviram falar há pouco tempo numa historia real  em que um barco de pesca japonês em pleno Oceano Pacifico foi afundado pela queda de uma vaca que segundo declara coes dos seus tripulantes  a vaca tinha caiu do Céu e afundou a sua embarcação?
           Foram salvos por um navio de guerra russo que foi em seu auxilio  . Ouvindo a  relação dos factos acharam que o melhor era prender os pescadores japoneses por espionagem , pois tal e qual um juiz que eu conheci  não se acreditou na verdade  porque ele juiz achava que era impossível o que o acusador afirmava  , este , ate com testemunhas .
           As autoridades russas  apesar de dizerem  ser mentira , começaram uma pequena investigação que os levou afinal a uma rede de membros da sua forca aérea  que de avião transportavam vacas e outros animais e faziam desviar o seu carregamento para indevidas paragens.
           As vacas não iam convenientemente acomodadas e a certa altura parece que três puseram em causa  a segurança da aeronave  e vai dai o comandante do avião abriu uma rampa e zaz.. .uma das três  vacas caiu do céu e afundou o barco dos pescadores
           Moral da historia ,comprovada  a verdade o governo russo pagou um barco  aos pescadores japoneses  e os seus soldados ficarão certamente  
« enjaulados » por muitos e muitos anos .

            Na minha Peniche parece que desta vez não veio o milagre do céu mas sim das profundezas do inferno , quero dizer , desculpem me das profundezas  do mar .
            Por designos  de deuses malignos uma montanha rochosa que estava situada na zona molhada e localizada precisamente no local da cota que deveria assentar a fundação da laje da eclusa do Fosso das Muralhas moveu se sem dizer algo  a alguém , deu a perna e agora para desespero dos engenheiros que a tinham localizado naquele local desapareceu .!
            Como  ate a este momento ainda não consegui ter dados mais  completos  e como parece que ainda ninguém se lembrou  ,sugeria  que pedissem aos  mergulhadores locais
para que graciosamente _ há muita falta de dinheiro por ai _fizessem umas buscas minuciosas , porque com um bocadinho de sorte talvez a possam localizar .
 Como os jornais  da região chegam muito atrasados  as vezes mais de um mês vou tentar  dar  noticias mais frescas possíveis  brevemente

Manuel Joaquim Leonardo
Peniche Vancouver Canada

Salvem o porto de pescas lúdicas e turísticas de Peniche, Reparem a ETAR , Livrem  nos das areias contaminadas do Fosso das Muralhas , dêem um coval digno  para descansar  ao nosso Hospital  no cemitério de Alcobaça , Salvem o Baleal , Salvem Peniche e Sereis Salvos

sábado, 19 de fevereiro de 2011

Jose Nicolau

                                                             José Nicolau

                                                                       2

                     Perdi de vista  o José Nicolau pois entretanto fui para a Escola de Pesca em Lisboa , viagem a pesca do  bacalhau e finalmente regressei as lides do mar em Peniche .
                     Desde o acarretar o peixe as costas com agua ate ao pescoço ou mesmo com a cabeça de baixo de agua quando caia nos fundos profundos do Portinho do Meio  voltei a ver e contactar com o  José Nicolau já nessa altura como  comerciante de pescado de Peniche .
                     Soube que tinha casado com a Gloria ,  amor esse que parece que foi a primeira vista embora o desdém que lhe votou a sua chegada , certamente foi mais uma forca de vontade em conquistar aquela rapariga franzina que nem sequer lhe tinha retribuído a sua saudação e  assim se tinha concretizado a profecia  que a sua chegada o seu Amigo lhe tinha  predestinado   .... Uma boa Mulher para ti .
                     E foi já quando comecei a andar nas traineiras que o contacto entre nos dois  se começou a desenvolver e comecamos a criar uma amizade que se perlongou ate ao fim da sua vida .
Eu apreciava a sua maneira de como sabia levar a sardinha  a sua rede e a capacidade de saber fazer um bom negocio.
                     Na lota quando comprava o peixe  dava logo o primeiro chui , primeiro do que os outros compradores , por exemplo comprava 100 cabazes  e depois esperava  que os outros compradores fizessem as sua compras e dependendo a quantidade que o barco trouxesse  de cabazes de peixe voltava a comprar   uma quantidade de peixe que já vinham condicionados nos porões.cujo valor  já era muito inferior
                      Quando capturávamos grandes quantidades de pescado era sempre normal deixarmos dois ou três baileus de peixe para se necessário  fazer uma segunda venda o peixe se encontrar  com uma qualidade superior e vendermos com mais valor .
                      Pouco tempo depois de começarmos a descarga do peixe aparecia nos  o sr José Nicolau com duas ou três garrafas de vinho abafado e oferecia nos recomendando nos para lhe deixarmos um ou dois baileus  de peixe para quando chegasse novamente a ocasião de descarregarmos o peixe para ele  e nos mestre e camaradas cumplicentemente fazíamos lhe a vontade
                       Os anos  decorreram e só  encontrava o sr.José Nicolau quando ocasionalmente ia a lota e poucas vezes tinha ocasião de o encontrar mas sabia que os negócios iam de vento em popa para a família


                        Enquanto estive a servir o serviço militar no Quartel de Artilharia Pesada  N 1 em Sacavem  , eu  tinha oportunidade de sair todas as noites e pernoitar fora , pois era casado e davam essa licença aos soldados casados  mas tinha que me apresentar ao serviço  as 7 horas da manha  seguinte . Era fácil pedir uma boleia as camionetas que transportavam o pescado para Lisboa  e ate o Sul  de Portugal cujos motoristas nunca negavam aos soldados  uma boleia .
                          Eu ia de boleia ate a Ponte de Frielas quase a entrada de Lisboa  e depois atravessava a ponte e ia a pé ,  mais de duas horas  se entretanto não encontrasse alguém que  me transportasse ate Sacavem.
De noite era arriscadissimo e sempre a espera de uma ma ocasião que me levasse a ser atropelado por alguém que quase não tinha culpa nenhuma.
                           De tarde era fácil arranjar boleia ate a Ponte de Frielas e ai esperar novamente transporte para Peniche
                         Já andava eu havia quase um mês nestas andanças quando uma tardinha conheci um Sr. de seu nome Manuel Cerqueira  que esperava pelas traineiras para poder comprar pescado para a sua venda
Vendo  me vestido  com  a farda militar  perguntou me aonde eu estava a servir a tropa , respondi lhe que era na Pesada 1
                           Sorrindo  disse me , passo la todos os dias para vir para Peniche e regressar a casa aonde vivo em Moscavide e onde tenho um lugar de venda de peixe   fornecendo  peixe também para as varinas  la na praça e quando me sobeja pescado vou a Lisboa vender e levar varinas   para fazerem a sua venda em Lisboa  .
                           Contei lhe que eu também fazia esse trajecto quase todos os dias .E narrei lhe   a historia completa sem mais rodeios .
O Sr. Manuel Cerqueira continuando  a sua conversa disse me que já levava um rapaz que também servia a tropa em Sacavem mas se eu quisesse apertadinhos cabíamos la os três .
                            Desde logo ficou combinado que me apresentasse  na loja   do Cara Larga e esperasse la pela partida .
                       Na loja do Cara Larga !!!  , na loja do sr. José Nicolau  !!!
                                    
                                    Mas que grande  coincidencia   ! ! !

Manuel Joaquim Leonardo
Peniche Vancouver

Salvem o porto de pescas lúdicas e turísticas de Peniche ,Reparem a ETAR livrem nos das areias  contaminadas  do Fosso Das Muralhas  dêem um coval digno ao nosso Hospital no cemitério de Alcobaça Salvem o Baleal , Salvem Peniche e sereis Salvos

domingo, 13 de fevereiro de 2011

Jose Nicolau



                                                                             

                                                                       José Nicolau
                                                                          1

                 Estávamos nos meados  dos anos quarenta  e trabalhava eu numa pequena pensão restaurante cujo proprietario era o Sr António Borges  o qual tinha um escritório no primeiro andar do prédio que ainda existe e e propriedade da Câmara de Peniche mesmo ao canto da rua no  Largo do Pelourinho vulgo Largo da Câmara
                 Era nesse 1­« andar  que o Sr. António Borges fazia a escrita a diversas traineiras e  já a  alguns barcos de pesca artesanais mas principalmente a hora das refeicoes  estava sempre observando como o serviço estava a ser feito
                 Uma rapariga que andava a servir as mesas adoeceu  e eu já não sei  como ,  fui falado para dar uma ajuda . O meu serviço era servir as mesas limpar e voltar a por as mesas novamente para o jantar.
                 A maioria dos almocreves que nessa época compravam peixe em Peniche iam quase todos la comer  porque a comida era bem servida,  limpa e bem apaladada
 Naquelas duas horas que era servida a comida era sempre numa viva roda que todo nos girávamos  por entre gritos ou berros de algum  que queria comer depressa para ir para a sua venda
                 Antes  de as mesas estarem arranjadas para o jantar havia sempre um intervalo que nos dava um pouco de descanso e enquanto a cozinheira , e as  ajudantes comiam eu que comia sempre antes de começar o almoço vinha cá para a rua não só fugindo ao fumo do tabaco mas também para  estar a apanhar a brisa fresca que quase sempre se sentia .
                Encostado ao muro  com um pequeno corrimão  que salva guardava alguma queda e que servia de patamar para a entrada que ficava em plano superior a rua  para onde se subia por duas escadas laterais que ainda  existiam há dois anos ou mesmo este ano , não estou certo de as ver quando por ai passava para ir ao café a quina da rua  que tem computadores para alugar para navegarmos na net . encostava me  com o peito debruçado em cima do muro
                De uma maneira geral quando elevava a vista quase sempre ia encontrar  a
Gloria  que se debruçava na sua varanda ,  observando  quem por ali passava ou entrava no restaurante . Era ouvir uma saudação que parecia que não tinha fim , , adeus Gloria .... adeus Francisco .  ....Adeus Gloria , adeus João ... e os cumprimentos continuavam por
longo tempo .
                Gloria era filha da tia Emília Perua  senhora comerciante que tinha uma moradia na parte de cima do prédio e loja muito grande no rés do chão , aonde os peixeiros arranjavam  o peixe para depois levarem para venda em diversos pontos de Portugal
                 De estatura mediana e seca de carnes para uma rapariga dos seus 17  anos ?  Gloria já naquela altura tinha a fama e o proveito de não se ficar atrás de nenhum homem  em todas as diversas tarefas que lhe estavam destinadas dentro da loja dos seus familiares  , por isso ela era conhecida e respeitada por todos os almocreves e negociantes de peixe de Peniche .
Já me estava a endireitar para ir por as mesas para o jantar quando por de trás de mim oiço alguém que tinha saído de dentro do restaurante em voz bastante sonante dizer ,,,
                  Olha o Cara Larga !!!!
Olhei e também eu que não conhecia quem se apresentava a nossa frente     ainda estacionando uma moto de grande potencia , uma Norton ? e que tendo enfiada a    
tiracolo   e batendo lhe no peito uma maquina fotográfica  que já naquela época   me parecia igual as dos fotógrafos profissionais   .
                 Vestia calca casaco que ajeitava enquanto se  aproximava  de nos  o Cara Larga ,  como o Amigo o chamou ,era um homem de estatura possante sem ser
gordo , talvez para metro e oitenta  de altura  e uns oitenta e cinco quilos de peso.
                 Quem certamente teve conhecimento do cenário que de um momento para o outro se formou foi sem duvida a Gloria que la no alto tinha observado a chegada que nos nem sequer ouvimos o barulho da mota que talvez como viria a descer ate já estaria desligada .
Quando o Cara Larga subiu as escadas e chegou ao patamar parece que instintivamente  relam pejou algo a janela  e o outro comparsa  que eu nunca cheguei a saber o seu nome disse lhe .em jeito de apresentação
                 E a Gloria ...    e em voz baixa diz  lhe , uma Mulher boa para ti
                 O   Cara Larga  olhando na direcção da Gloria levantou a voz e disse  lhe boa tarde menina Gloria ao que esta virando a cara para o lado nem a salvação lhe deu .

                          Este Homem de nome  JOSÉ  NICOLAU  tinha chegado a Peniche

domingo, 6 de fevereiro de 2011

POEM


                

                                                           POEM

                                                  Em                Peniche  ?

              Ainda bem que alguém nos dá noticias frescas  de Peniche .
Graças aos  amigos– de– peniche–blogspot.com se tem noticias frescas de Peniche .
              Peniche que é tão bem querida pelos nossos governantes que agora ate nos vem planificar a área de uma reserva estratégica bem definida ... “ na medida em que o porto de Peniche apresenta condicoes de aptidão portuária que apontam para que  possa ser constituído como uma zona de reserva estratégica porque ,nomeadamente , detém potencial para um eventual desenvolvimento  futuro de actividade  portuária comercial , qualquer uso na sua envolvente devera ser objecto de avaliação de potencial incompatibilidade  á expansão portuária  ”
“ Plano de Ordenamento do Espaço Marítimo  POEM  ª em Discussão Publica ate 22 de Fevereiro de 2011.”.
                Eu que estou sempre de pé atrás para as grandes decisões governa mentais  idealizadas pelas cape linhas de São Bento e também das cabelinhas do Senhor do Surfo – que por enquanto me enerva  que tudo tem padroeiro  á excepção á regra  do Surfo dos Medoes Grande em Peniche – que desde já peco aos meus deuses para que não seja  um santo de bigodes pois mesmo que a fugir a regra ,  todos os Santos teem Barbas , eu nunca tive conhecimento de algum com bigode – .
              Somente para me contrariarem poderão as altas instâncias que tão condignamente
notabilizam os nossos famosos Poncios Pilatos  com as honrarias mais altas da Nação , poderão para o meu desespero total escolherem um santo de bigodes , o que desde já digo  me levariam ao desespero total .
              Não  ,por favor não digam que sou sempre o mesmo porque eu de vez enquanto também me engano mas notem bem , é sempre de boa mente .
             Ao ler o pequeno introito , a cima citado ,fiquei com a impressão que mais uma vez a carroça andou á frente dos bois e desde logo comecei por dizer aos meus botões
“ Então aqueles srs que nos governam , nem sequer vêem de vez em quando comerem umas caldeiradas a  Peniche que para eles , se denunciados teem sempre sanhas de descontos a 100%  , pagas pelos contribuentes ?
             Então  eles não sabem as urbaniza coes  que desde há poucos anos se tem deixado construir e que se continuam a erguer aos céus dentro do porto  e que penso derivado ás queixas  e reclama coes dos seus recentes condomínios já conseguiram que ate  os Jumbo e o Pão de Acucar abrissem as suas portas dentro do recinto e provavelmente dentro de pouco tempo até já tenham teatro e cinemas para a boa qualidade de vida dos que la habitam  , assim como dos infelizes  pescadores que em grande quantidade vem de longe e depois  de alguns meses de dura faina teem direito a todas essas merecidas  regalias
              Também não sabem Suas Excias que o dignissimo  Presidente da Câmara já  afirmou – segundo noticias já publicadas e nunca desmentidas – e advogou o não , para que Peniche venha a ter um porto comercial ?.
              Quem liderou o processo de negocia coes para que o Jumbo e o Pão de Acucar pudessem construir dento da área do Porto de Peniche .
               Alguém de Peniche lutou para que Peniche fosse ouvida com Respeito e Honra
               As contra partidas que certamente as houve , a quem beneficiaram ?.
               Aqui  também houveram comissões ?
               Quem as recebeu ?

Mais uma vez o crime já esta feito mas não há criminosos .
Não resta duvida porem  , o  Crime Recompensa
               Conclusão «
               Quem POEM alguma coisa em Peniche ?
Em Peniche só nos roubam o pouco de bom que temos possuído.

P.S.
Quando se saberão as conclusões  deste  POEM .  Haverá coragem para   dar brevemente as suas conclusões ?
Manuel Joaquim Leonardo
Peniche Vancouver Canada
Salvem o porto de pescas lúdicas e turísticas de Peniche ,Reparem a ETAR , Livrem– nos das areias contaminadas do Fosso das Muralhas , Dêem um coval digno para descansar ao Hospital de Peniche no cemitério de Alcobaça , Salvem o Baleal  ,  Salvem Peniche e Sereis Salvos

sexta-feira, 4 de fevereiro de 2011

Carnaval

Carnavais de hoje e de antanho
Aproxima–se mais uma época carnavalesca em que o rei burlesco sai á rua para gáudio do Zé Povinho , e os demais comparsas se riem das figuras tristes de um povo em crise que ainda faz de conta que tem alegrias , enquanto os senhores que nos mandam , proclamam o apertar do cinto.
Ano de graça de 2011 ...... !!! .....
Ano de desgraça de 1951 , encontrava–me eu gozando de umas ferias merecidas em Vendas Novas servindo o nosso exercito , fazendo o tirocinio de uma das melhores aprendisagens da minha vida ....
Aprender a ser Homem .
Dizia–se nessa altura que quem não ia servir o exercito ou a marinha não era Homem nem era nada !!! , e deste modo lá me encontrava no dia de Carnaval na Escola Pratica de Artilharia fazendo parte de alguns milhares de homens – certas vezes mais de dois mil que nos preparávamos para uma futura guerra sem Honras,Glorias e nem proventos .
Mas alguém mandava e mandava bem .
Eu nesse dia podia ausentar–me do quartel e pensei que apesar de tudo que me confrangia também me predispus a brincar ao Carnaval .
Como tinha chovido , tinha ouvido o toque do clarim dizer –nos que se quizessemos poderíamos sair de capote vestido , enverguei o meu capote confortável e de bom corte e aproximei–me da despensa aonde armazenava –mos os comestíveis dos quais fazíamos o comer para mais de duzentos cadetes que faziam a sua formação de futuros oficiais do exercito português
Eu tinha carta branca de entrada naquele grande armazém que dava de comer como já disse a alguns milhares de pessoas , pois eu fazia serviço na cantina e refeitório da área Leste do aquartelamento aonde os futuros oficiais estavam alojados .
Como estava de capote vestido aproximei–me de uma área em que estavam armazenados os diversos enchidos de carne e sorrateiramente cortei o fio de um paio – enchido de carne de porco fumada – e sem ninguém dar por isso sai pela porta de armas e quase pronto para começar a gozar o meu Carnaval procurei uma pequena cana a qual com um fio amarrei o paio na sua ponta .
Enquanto estava fazendo os arranjos para a brincadeira que tinha pensado . as lágrimas caiam pela minha cara abaixo o que levou um dos meus camaradas a perguntar o que se passava comigo pois as lágrimas caiam quase copiosamente .
Respondi–lhe que era por causa do vento que me estava a bater na cara
Tu estas a gozar comigo pois não está vento nenhum !
E comecei a minha brincadeira que consistia em me aproximar de uma rapariga que comigo cruzava e dizia " ó menina quer a minha chouriça ?
Ela de uma maneira geral virava a cara para o lado e eu nessa ocasião a mandava–lhe o paio .
Ela quando via o paio tentava o apanhar mas era tarde de mais pois o paio já estava debaixo do meu capote .
Fiz diversas vezes ate que me aproximei da janela de uma menina que vendia os bilhetes no cinema local . Ela estava com as mãos cruzadas no peitoril da janela .
Ela certamente já tinha desconfiado que algo de estranho se passava pois via as raparigas tentarem apanhar qualquer coisa e assim que eu lhe perguntei se ela queria a minha chouriça com as duas mãos agarrou no paio e já não o deixou da mão.
Eu dizia–lhe " ó menina largue–me a minha chouriça por favor ....
mas a chourica estava tão bem amarrada que ela não saia da corda . estivemos por alguns minutos naquela luta quando ela a certa altura começou a dizer–me " você esta me a tratar mal , a ofender e por detrás de mim ouvi uma voz que me disse " Tu estas detido "
Virei–me e dou de caras com o meu Furriel Juce e uma praça que andavam no seu giro de policia militar .
Perfilei–me e bati lhe a pala , giro continência militar.
Disse –me que fosse imediatamente para o quartel e no dia seguinte me apresentasse a ele
Assim o fiz e serviu–me com oito dias de castigo sem poder sair á rua e registado na caderneta militar .
Não vou esperar que um dia destes me encontrem na rua e me perguntem ,o porquê de estar a chorar quase copiosamente ,vou sim senhor ,dizer–vos já gora .
Assentei praça no ano de 1950 , ano de muita crise pois antes de ser alistado eu e os pescadores de Peniche embora indo ao mar esporadicamente ,estivemos seis meses sem fazer contas.
Era a fome que não desandava com a falta de peixe e mau tempo .
Já depois de estar na tropa cada carta que recebia era sempre a mesma conversa , estavam todos " bem " mas não havia ganhos e durante 18 meses que estive no serviço militar poucas vezes houve peixe para se poder fazer contas atrasadas , apanhavam peixe que era para dividirem ainda no mar pelas outras traineiras e eu ali a brincar ao Carnaval com um paio grande ,talvez mais de um quilo e o meu filho a minha mulher e as nossas Famílias de Peniche a passarem fome continuada mente ....
Quem me conhece bem sabe que sempre fui e sou um Homem de Coragem , Forte nas arrelias e nos perigos da Vida mas também sou um frágil ser Humano que também chora sem ter vergonha de o dizer .
Já falamos do antanho , agora se me permitem vou falar do Carnaval destas eras novas em que o Carnaval tem servido para que sazonalmente as pessoas ainda consigam brincar ao Carnaval esquecendo ate barrigas vazias e mais calotes que se tem acumulado ao longo dos anos com roupas lindas e vistosas que fazem do Carnaval de Peniche e num futuro breve , dos seus arredores , ponto de visita e diversão a milhares de forasteiros.
E Vivó Carnaval de Peniche
Manuel Joaquim Leonardo
Peniche Vancouver Canada
P.S.
Já por aqui foi dito que uma congregação religiosa está ,ou esteve a fazer distribuição de sopa aos pobres mas parece que não tem sido muito concorrida ,e ainda bem , pois isso quer dizer que a fome envergonhada ainda não saiu á rua .
Salvem o porto de pescas lúdicas e turísticas de Peniche , Reparem a ETAR livrem–nos das areias contaminadas do Fosso das Muralhas , Dêem um coval digno ao Hospital de Peniche no cemitério de Alcobaça
Salvem o Baleal , Salvem Peniche e sereis Salvos

terça-feira, 1 de fevereiro de 2011

Submarinos

                                                      Submarinos
Com a devida
vénia do Sol
José António Saraiva


                



Manuel Leonardo
11.01.2011 - 07:37

Caro Amigo e Senhor
Talvez não saiba mas consideram me um autentico submarino embora eu no mar sempre andei mais de trinta anos ao cimo das ondas ainda bem para mim que pouco sei nadar mas penso que ainda vou a tempo .
Essa sua dos submarinos , apoiante dessa modalidade que eram 4 mas vêem 2 embora a comissão de venda já foi recebida por 4 e agora o zé povinho vai pagar as mais valias daqueles que não vêem , eu jogo no contra . Concordava com alguns aviões de reconhecimento bem posicionados no Portugal Continental e Acores
Nos dias de hoje a técnica electrónica e de tal grandeza que se vê em muitas partes do Mundo aonde todos os submarinos se encontram naquele momento exacto .
A defesa das nacos em guerra bélica já não se faz com submarinos ,
A defesa dos continentes também não se fazem com submarinos.
A defesa do trafico humano que todos os anos desaguam nos mais variados Países também não e eficaz com submarinos , drogas e todas as invasões possíveis que possa imaginar por mar não podem ser combatidas com submarinos ,etc etc.
A invasão pacifica da China nos tempos modernos levam nos a que daqui alguma épocas os nossos amigos chineses quando se pozerem a mijar ao longo de toda a nossa fronteira com a Espanha nos farão mandarmos ao mar com botas e tudo .
Defenderem a nossa pesca ? já não a temos !Submarinos serão para nas futuras paradas quando nas grandiosas paradas militares poderem com brio mostrarem os seus vasos de papel que a nossa frota submarina tem nas suas estatísticas afundado aos diversos inimigos durante a sua existência .
Quanto ao seu comentário de hoje sugeria que como o Marquez fez aos jezuitas todos os políticos que populam em Portugal deveriam ser metidos nos submarinos e desembarcar los numa lindíssima praia da Caraíbas pelo menos durante 20 anos para se penitenciarem.
Assim sim os submarinos serviriam para alguma coisa
Respeitosamente cumpri menta o    o
Manuel Joaquim Leonardo
Comentário enviado por mim
para o semanário Sol e publicado
Como acho que  deveria ser mais do conhecimento
das nossas pescas ,de todos vos e particularmente de Peniche ,
achei por bem esta sua reprodução
M.J.L.